Sucessor do papa Francisco é Leão, dos Estados Unidos
O sucessor de Francisco foi eleito neste 8 de maio.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 08/05/2025 às 13:21 | Atualizado em: 08/05/2025 às 13:55
Robert Francis Prevost Martínez, dos Estados Unidos (EUA), é o novo papa da Igreja Católica, eleito neste 8 de maio de 2025.
Seu nome escolhido para o papado é Leão XIV.
A fumaça branca, que sinaliza a escolha do papa, saiu da chaminé da Capela Sistina pouco depois das 13h (horário de Brasília).
Pouco mais de uma hora depois, o cardeal protodiácono, Dominique Mamberti, proclamou o “habemus papam” da varanda da Basílica de São Pedro.
O novo pontífice surgiu na praça para sua primeira bênção pública diante de milhares de fiéis.

O novo papa
Aos 69 anos, Leão XIV rompe barreiras ao se tornar o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro pontífice oriundo de um país de maioria protestante. No entanto, embora tenha raízes norte-americanas, foi na América Latina, mais precisamente no Peru, que construiu sua trajetória religiosa.
Conhecido por seu perfil discreto, Prevost é avesso a entrevistas e carrega a imagem de reformista. Antes de sua eleição, ele já atuava no coração da Igreja como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. Além disso, sua formação em teologia e direito canônico o consolidou como especialista nas leis da Igreja, reforçando sua imagem de profundo conhecedor das estruturas católicas.
Leia mais
Sai a fumaça branca do novo papa! Só falta o nome do escolhido
Da missão no Peru ao comando da Igreja
Aos 22 anos, ingressou na vida religiosa, formou-se em teologia em Chicago e, em seguida, seguiu para Roma para estudar direito canônico. Ordenado padre em 1982, iniciou dois anos mais tarde sua missão no Peru, passando por Piura e Trujillo. Durante o governo Fujimori, chegou a cobrar publicamente retratações do regime por injustiças cometidas.
Em 2014, assumiu como administrador da Diocese de Chiclayo, onde foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. No entanto, nesse período, enfrentou acusações delicadas: em 2023, três mulheres denunciaram que Prevost teria acobertado abusos cometidos por dois padres durante a infância delas.
Segundo relatos, uma das vítimas telefonou a ele em 2020, mas os casos só foram formalmente encaminhados ao Vaticano dois anos depois. Por outro lado, a diocese nega acobertamento, alegando que ele seguiu os trâmites previstos.
Ao longo de sua trajetória, Prevost também integrou a Conferência Episcopal do Peru e, posteriormente, as congregações para o Clero e para os Bispos.
Tornou-se cardeal em 2023, posição que ocupou por menos de dois anos até a eleição para o papado – um caminho raro na história recente da Igreja Católica.
Recentemente, quando o papa Francisco ficou hospitalizado, ele liderou uma oração pública no Vaticano, pedindo pela recuperação do pontífice.
Saiba mais em g1.
Foto: reprodução/BBC News Brasil