Andrade tenta aplicar golpe e acirra ainda mais os ânimos no Garantido

Sem prerrogativa legal, presidente do boi tenta mudar data da prestação de contas; mas a assembleia deste domingo, 10, está mantida e pode afastá-lo

Assembleia Garantido Mantida

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 10/07/2022 às 03:19 | Atualizado em: 10/07/2022 às 03:20

O presidente do boi Garantido, Antônio Andrade, acaba de publicar nas redes sociais da organização a convocação de uma assembleia geral ordinária. 

A discussão, informa o dirigente, será a prestação de contas do ano de 2021 da associação folclórica. 

Mas a data dessa assembleia é de 31 de julho.

No entanto, a convocação, na madrugada, é interpretada como uma tentativa do presidente de, na surdina, dar um golpe na assembleia convocada para a manhã deste domingo, 10, a partir das 10h.

A assembleia deste domingo foi provocada pelo Conselho Fiscal do bumbá. Assim sendo, o presidente não teria mais poder para mudar a convocação.

Acontece que a assembleia pode iniciar processo de afastamento de Antônio Andrade.

Dirigentes do boi ouvidos nesta madrugada argumentam que só um consenso no conselho ou uma medida judicial pode evitar a reunião de hoje.

Ou seja, para eles, a assembleia convocada para este domingo está mantida.

Mais cedo em contato com a reportagem a conselheira fiscal Astrid Portilho confirmou a realização da Assembleia de prestação de contas referente ao ano de 2021.

Tensão 

A polêmica desta madrugada deve acirrar ainda mais a crise no boi da Baixa de São José.

A crise começou com a derrota do bumbá no festival folclórico deste ano, após o vexame  levado pelo boi para a arena do Bumbódromo.

Na sexta-feira, 8, a crise atingiu maior grau quando trabalhadores do boi atacaram fogo nas alegorias do bumbá, na Cidade Garantido. Eles pediam pagamento.

Recomendação da PM

Ontem, diante da tensão na Baixa, a PM recomendou a suspensão da assembleia de hoje. Mas o Conselho Fiscal não a acolheu e manteve a reunião.  

Leia mais

PM de Parintins pede suspensão de assembleia na Cidade Garantido

Tiro, gás, fogo, quebradeira e revolta na Cidade Garantido

Garantido paga trabalhadores de galpão e ‘kaçauerés’