BR-319: a Ciência e o Estado
No âmbito das discussões sobre a repavimentação da BR-319 há, hoje, o predomínio da atuação de cientistas do campo das ciências exatas e da natureza na formulação de estudos acerca da sua viabilidade. Este campo não apenas sequestrou o debate, formulando hipóteses, cristalizando ideias e valores, como também já definiu de antemão a inviabilidade da obra.
Não sabemos se é por má-fé, descuido ou pela concepção veemente de que ciência de fato são apenas as ciências exatas e as da natureza, realidade que exclui, necessariamente, as ciências humanas e sociais, esses cientistas agem de maneira dogmática. Por exemplo, decretam antecipadamente a inviabilidade de qualquer outro arranjo que possibilite a recuperação da rodovia.