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Apesar da teoria do abismo, o país tem jeito

A teoria do Brasil à beira do abismo é antiga. Faz mais de um século que os pessimistas dizem que este país não tem jeito. É o grupo dos catastrofistas, que usam sua literatura para decretar a nossa incapacidade de consolidar a democracia e reverter a situação de marginalidade da maioria da população. Do outro lado figuram tipos naquela base dos nossos bosques tem mais flores e nosso céu mais estrelas. Os governos costumam bancar a cena otimista e foi com entusiasmo quase juvenil que o presidente Juscelino (1956/1961) conduziu o seu programa de fazer o Brasil crescer 50 anos em 5.

Gastou-se uma fábula de dinheiro fabricado para financiar um grande volume de obras. Força é reconhecer que naquele tempo havia um clima de discussão aberta. Só que os resultados surtiram efeito negativo nas finanças, com o aumento do endividamento externo e a espiral inflacionária, agravada com a renúncia de Jânio Quadros (agosto de 1961) e a crise que desaguou no golpe de 1964. Na verdade, otimistas e pessimistas formam o mosaico que mostra o Brasil como um país dualista, que alterna humores divergentes.

APESAR DA TEORIA DO ABISMO, O PAÍS TEM JEITO