Dona G. e a desindustrialização brasileira
A coluna de hoje trará uma história com mais de 30 anos, mas que poderia facilmente ser vivida e contada atualmente. Na semana passada, conheci a dona G., cujo nome abrevio para preservar a sua identidade. Em uma conversa descontraída, mas franca, ela me contou um pouco de sua vida e de como perdeu a sua fábrica de polietileno que ficava na cidade de São Paulo.
Até o início dos anos 1990, as coisas iam muito bem para a dona G, já que desde a década de 1980, o polietileno e seus derivados estavam em franca expansão no Brasil. Com o êxito da fábrica, ela e sua família possuíam um alto padrão de vida, com imóveis, carros, iate, casa de campo, mansão em bairro nobre da capital paulista, dentre outros bens e confortos que a riqueza podia proporcionar.
O Brasil Collor de Mello
Todavia, eles encontraram uma pedra pelo caminho, uma pedra chamada Fernando Collor de Melo. A abertura irresponsável da economia brasileira, feita sem um planejamento adequado por aquele governo, levou a indústria nacional a uma realidade que não estava preparada para enfrentar.