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Pará: carvão, cachaça e sangue

Uma coisa que se prende com grande facilidade à minha memória são os sons, barulhos, músicas, vozes e sotaques, cantos de aves de lugares que visito. Não que eu busque ativamente lembrar deles, mas, involuntariamente, imprimem uma paisagem sonora que revisito, claro, distorcida pela minha cognição, toda vez que me lembro dessa ou daquela viagem e de algum lugar onde já morei.

Com aromas, sou menos sensível, ainda que não completamente; tenho mais dificuldade em lembrar deles. Mesmo assim, alguns me remetem a pessoas, fatos e momentos muito específicos. Um exemplo é um perfume antigo, chamado “Madeiras do Oriente”, que vinha com uma lasquinha de uma madeira nobre no frasco. Minha avó materna o usava, e quando sonho com ela, sinto o perfume.

Pará: carvão, cachaça e sangue