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O tempo, ah esse tempo!

Estamos praticamente no início de 2023. Como justificar essa pressa toda com a qual os calendários se sucedem, passando-nos a impressão de que, mais do que correr, o tempo voa e, com ele, a vida da gente se esvai? Não é verdade que há bem pouco estávamos envolvidos com as festas de mudança de século? Eu sei, e muito bem, que essas lembranças só nos tomam de assalto a partir de certa idade. E que antes dessa etapa, quando ainda se é criança, acontece o inverso: entre um Natal e outro o espaço é imenso, o tempo se arrasta em ritmo de tartaruga. Não ignoro igualmente que depois, enquanto se estiver na casa dos “intas”, a contagem não interessa: flutua-se, indiferente ao desfolhar do calendário.

A primeira cogitação sobre o assunto geralmente ocorre com o ingresso no território dos “entas”, sobre cujos trilhos o tempo começa a ganhar velocidade. Sucedem-se o “enta um”, o “enta dois” … o “enta nove” e, de repente, quando menos se espera depara-se o “enta” que nos diz termos chegado à metade de nosso incerto e problemático centenário. Meu filho mais velho chega a fase dos “’enta” esse mês de janeiro. Que horror! Me sinto mais velho – mudemos de assunto – já! – antes que seja demasiado tarde…

O TEMPO, AH ESSE TEMPO!