O problema não é Belém: é o preconceito disfarçado de crítica
Nos últimos meses, temos acompanhado uma onda de críticas contra a escolha da cidade de Belém do Pará como sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a COP-30.
As vozes mais estridentes partem, curiosamente, de setores que se autodeclaram progressistas, muitos deles baseados em centros urbanos do Sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Entre as críticas, destacam-se a suposta falta de estrutura da cidade, a ideia de que será uma “COP-30 do luxo” por conta dos investimentos públicos, a alegada ausência de hospedagem adequada e a dificuldade de acesso para participantes das delegações.