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Os presidentes cloroquina

Estados Unidos e Brasil estão no topo do “ranking” dos países com maior número de mortos pelo novo Coronavírus (Covid-19) no mundo.

Os dois países são governados por presidentes de extrema-direita, conservadores, negacionistas e defensores do uso da cloroquina no tratamento da doença.

Nesta sexta-feira, 5 junho de 2020, o Brasil ultrapassou a Itália no número de mortos pela Covid-19, passando para terceiro lugar no “ranking”, com mais de 35 mil óbitos confirmados.

Está atrás apenas do Reino Unido, segundo lugar com quase 40 mil, e dos Estados Unidos, primeiro lugar disparado, com mais de 107 mil mortes.

Esses números macabros apontam a confirmação das projeções ditas pelo conceituado cientista Átila Iamarino, na sua entrevista ao programa Roda Viva, em trinta de março do corrente ano, sobre os possíveis números de óbitos no Brasil e nos EUA, baseado em estudos estatísticos ingleses, que subsidiaram boa parte das nações, nas suas políticas de combate ao novo Corona Vírus.

Ele disse que os Estados Unidos teriam entre 100 e 200 mil mortes. E o Brasil em torno de 44 mil.

Confesso que, naquele momento, fiquei assustado com os números apresentados, mas hoje constato, tristemente, serem acertados. E que, inevitavelmente, pelo andar da carruagem, ultrapassaremos as projeções aqui no Brasil, e ficaremos em segundo lugar, folgado, nesse “ranking” da vergonha, haja vista que a pandemia deve se estender até agosto aqui.

Essas projeções, tanto a do Brasil quanto a dos Estados Unidos, eram as mais otimistas, observando-se que já tinha caído a ficha do Trump sobre a gravidade da pandemia, e as ações dos governadores e prefeitos no Brasil, que implementaram políticas de Fechamento da Economia e de Isolamento Social nos estados e municípios, a contra gosto de Bolsonaro.

Caso isso não tivesse ocorrido, os números de mortos poderiam passar de 1 milhão no Brasil, e de 2 milhões nos EUA.

O próprio Donald Trump reconheceu isso, também nesta sexta-feira, quando apontou o mal exemplo do Brasil e da Suécia, onde os seus líderes foram claramente contra as políticas de Fechamento da Economia e Isolamento Social, buscando alcançar, erroneamente, uma suposta imunização da população por Efeito Rebanho.

No caso do presidente brasileiro, sempre esteve mais preocupado com o seu gado, daí querer o tal Efeito Rebanho no Brasil.

Tanto Trump, quanto Bolsonaro, são negacionistas, ou seja, negam a ciência.

Mas, no caso do norte americano, o pragmatismo prevaleceu. Já Bolsonaro, na sua adoração pelo obscurantismo e negação da ciência, leva o nosso país a quase 700 mil brasileiros contaminados.

Ambos, também de forma irresponsável, defenderam com unhas e dentes o uso da cloroquina no tratamento da COVID-19, mesmo sem nenhuma comprovação cientifica da sua eficácia na cura da doença.

Resta saber, como quem que não acreditava na doença, e na sua gravidade, acreditaria num medicamento que poderia curá-la? Que interesses estão por trás dessa defesa contraditória?

O mais grave, e trágico, ressalto, é que Donald Trump e Jair Bolsonaro, os presidentes cloroquina, governam os dois países que deverão ser o primeiro e segundo colocado no número de contaminados e mortos pela COVID-19 no mundo, Estados Unidos e Brasil.

Será isso uma mera coincidência?

 

(*) O autor é administrador, articulista, filiado e militante do Partido dos Trabalhadores.

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