ZFM: empresas se adequam ao mapa da logística com reforma tributária

Novo cenário a partir de 2024 força a repensar distribuição e produção

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Mariane Veiga

Publicado em: 18/12/2023 às 17:59 | Atualizado em: 18/12/2023 às 18:07

Os departamentos de logística das empresas no Brasil têm fervido desde que os contornos da reforma tributária começaram a ser aprovados.

Quando se trata do Amazonas, por exemplo, para se ter ideia da complexidade do tema, um produto feito na Zona Franca de Manaus (ZFM) pode se tornar mais barato quando viaja a São Paulo, antes de chegar a um consumidor na região Nordeste.

Dessa maneira, isso acontece única e exclusivamente por questões tributárias.

“Apesar de a conclusão da reforma tributária estar prevista para daqui a dez anos, as empresas que se posicionarem antes terão vantagem competitiva em relação aos concorrentes”.

É o que afirma Djalma Vilela, presidente da Multilog, empresa de logística integrada que deve fechar o ano com faturamento de R$ 1,4 bilhão.

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Conforme o Estadão, isso porque, até agora, as empresas constroem suas malhas logísticas, incluindo fábricas, centros de distribuição e compras de fornecedores, em função dos benefícios fiscais e créditos de ICMS que tenham a compensar, nos diferentes estados. Mas a situação deve mudar.

“A reforma tende a neutralizar a guerra tributária e a diferença de carga em relação ao ICMS entre os Estados”, disse Cristiano Rios, diretor executivo sênior da área de transformação de negócios da FTI.

“Mesmo que ainda haja exceções e detalhes a serem validados por lei complementar, a tendência é de simplificação e as empresas já estão preparando cenários em cima das premissas atuais”.

Leia mais na reportagem de Cristine Barbieri, no Estadão.

Foto: divulgação/Suframa