Sem emenda de Aziz, combustível na ZFM fica mais caro, prevê Refina

Veto à emenda na reforma tributária pode encarecer, ainda mais, os combustíveis no estado.

Sem emenda de Aziz, combustível na ZFM fica mais caro, prevê Refina

Diamantino Junior

Publicado em: 10/01/2025 às 13:55 | Atualizado em: 10/01/2025 às 13:55

O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, afirmou que um veto à emenda proposta pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) na reforma tributária, que desonera o refino de petróleo na Zona Franca de Manaus (ZFM), resultará no aumento do preço dos combustíveis na região. Segundo ele, a medida é essencial para manter a competitividade da refinaria de Manaus (Ream) e estimular novos investimentos no setor.

Impacto na economia local

A Ream, única refinaria da região Norte, opera atualmente abaixo de sua capacidade total, estimada em 48 mil barris diários.

Vendida pela Petrobrás ao grupo Atem em 2022, a unidade passa por reformas para recuperar sua infraestrutura.

No entanto, mesmo operando a pleno vapor, a refinaria atende menos da metade da demanda local, sendo o restante suprido por combustíveis importados, que enfrentam altos custos logísticos e riscos como pirataria.

Histórico da desoneração

A emenda de Aziz foi aprovada no Senado em dezembro de 2024 e busca corrigir uma distorção fiscal, segundo justificativa do congressista.

A medida visa alinhar o refino de petróleo às demais atividades industriais desoneradas na ZFM, promovendo o desenvolvimento econômico e reduzindo custos para os consumidores.

Desafios e questionamentos

Apesar do apoio de setores industriais, a desoneração enfrenta resistência, inclusive do STF, que, em decisões recentes, considerou que as operações com petróleo e derivados não se enquadram nas atividades da ZFM.

A Atem, proprietária da Ream, defende que a inclusão do refino na política fiscal da ZFM é estratégica para o desenvolvimento da região e corrige uma exclusão histórica.

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Evaristo Pinheiro ressaltou que, sem a emenda, o refino de petróleo na Amazônia ficará comprometido, encarecendo ainda mais os combustíveis na ZFM, região que já registra os preços mais altos do país devido às dificuldades logísticas. “A desoneração é essencial para garantir competitividade e incentivar novos players a investirem na região”, afirmou.

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Foto: Petrobrás