TSE não vê provas de corrupção e mantém Temer no mandato

Publicado em: 09/06/2017 às 19:47 | Atualizado em: 09/06/2017 às 19:47
Com o voto de minerva do ministro-presidente Gilmar Mendes, desempatando um placar de 3 a 3, a corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), das eleições de 2014. Assim, Temer continua presidente da República e Dilma está livre para concorrer nas eleições de 2018.
Essa decisão, antecipada pela mídia a partir da análise das opiniões emitidas pelos membros do colegiado ainda na fase preliminar de debates do relatório do ministro Herman Benjamin.
Além de não considerar no processo as delações da construtora Odebrecht, principal financiadora de caixa 2 e propina nas últimas eleições no país, os ministros, em sua maioria, decidiram que a causa seria julgada pelo que constava na petição inicial, feita pela chapa derrotada em 2014, do PSDB.
Votaram pela cassação: o relator Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber.
Contra a cassação: Napoleão Nunes, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira e Gilmar Mendes.
No voto de minerva, Gilmar disse, entre outras coisas, que pode lhe faltar delicadeza, mas não sinceridade.
“A Constituinte optou por 15 dias exatamente para não expandir a demanda. Se prefere pagar o preço de um governo ruim ou mal escolhido do que a instabilidade ou golpes na calada da noite”, afirmou.
E elevando o tom da sua fala, disse:
“Ninguém vem me dar lição aqui de combate à corrupção. Eu também quero isso”, para completar que “não se pode perder a Constituição de vista”.
Confira todos os detalhes dos votos na Exame.
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