TSE vê indício de crime na ‘filiação’ de Lula ao PL de Bolsonaro

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, ordenou que o caso seja apurado pela PF

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 11/01/2024 às 10:22 | Atualizado em: 11/01/2024 às 10:22

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou à Polícia Federal (PF) que investigue indícios de crime no caso em que uma pessoa se fez passar pelo presidente Lula da Silva para filiá-lo ao PL, partido de seu principal opositor, Jair Bolsonaro.

Fundador do PT e seu principal integrante, Lula estava formalmente desligado do partido desde 15 de julho de 2023, data em que seu suposto ingresso na legenda adversária foi comunicada à Corte.

A decisão do TSE foi tomada após questionamento do Globo sobre a filiação de Lula à legenda comandada por Valdemar Costa Neto.

Após uma apuração interna, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, ordenou que o caso seja apurado pela PF. Por conta da falsa filiação feita com seu nome, o presidente passou a integrar os quadros do PL em São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista onde tem residência.

“Considerando a existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral, encaminhem-se cópia dos presentes autos ao diretor-geral da Polícia Federal para adoção de todas as providências cabíveis que deverão, oportunamente, ser informadas a este Tribunal Superior Eleitoral”, escreveu Moraes na decisão.

Em nota, o TSE acrescentou que há “claros indícios de falsidade ideológica”. O presidente da Corte também retomou o laço formal de Lula com o PT — “é fato notório que é integrante do Partido dos Trabalhadores”, disse — e cancelou o login responsável pela inclusão da informação falsa no sistema da Corte.

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