Trump põe 2 mil militares para calar protestos contra deportação em LA
Medida afronta vontade do governador do estado há dois dias com manifestações crescentes.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 08/06/2025 às 12:14 | Atualizado em: 08/06/2025 às 12:16
Dois dias após o início de protestos contra a política de deportações dos Estados Unidos, Donald Trump enviou 2 mil soldados da Guarda Nacional a Los Angeles.
Logo em seguida, a Casa Branca justificou o envio como resposta à ilegalidade que as autoridades permitiram na Califórnia. Além disso, o presidente usou o Título 10, transferindo o controle das tropas do governador Gavin Newsom para o governo federal.
Por outro lado, Newsom, do Partido Democrata, repudiou a medida. Em resposta, disse em rede social que ela é “deliberadamente inflamatória e só aumentará as tensões”.
Enquanto isso, durante os protestos, agentes da Patrulha de Fronteira usaram trajes de choque e lançaram gás lacrimogêneo. Vale destacar que os confrontos ocorreram em áreas com maioria latina.
Segundo o Departamento de Segurança Interna, 118 pessoas foram presas em operações do ICE. Dentre elas, cinco são suspeitas de ligação com organizações criminosas.
Tudo começou após uma ação do ICE na sexta-feira (6), em um armazém de roupas e perto de lojas como Home Depot. Na ocasião, manifestantes tentaram bloquear a saída de viaturas.
Em meio à crise, Trump, nas redes, ameaçou: “Se o governador Newsom e a prefeita de Los Angeles não fizerem seu trabalho, o governo federal intervirá”.
Por sua parte, moradores reagiram com cartazes e megafones: “Nenhum ser humano é ilegal” e “Fora ICE de Paramount”. Não só isso, houve barricadas e um carro da Patrulha foi atacado.
Da mesma forma, a secretária de imprensa, Karoline Leavitt, chamou a resposta federal de “essencial para deter a invasão de criminosos ilegais”.
Por fim, Newsom declarou que as autoridades locais têm todos os recursos necessários e “não há nenhuma necessidade não atendida”.
Leia na íntegra no g1.
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Foto: reprodução/TV Globo