Boneco de Trump era surrado no México enquanto ele falava em expulsar imigrantes
Ativistas protestaram em Tijuana contra medidas migratórias de Donald Trump, incluindo a suspensão de asilos, destacando preocupações com deportações em massa.

Diamantino Junior
Publicado em: 20/01/2025 às 19:36 | Atualizado em: 20/01/2025 às 19:36
Ativistas pelos direitos de imigrantes realizaram um protesto em Tijuana, cidade mexicana na fronteira com os Estados Unidos, contra as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump, nesta segunda-feira (20/1). A manifestação ganhou destaque quando um boneco representando Trump, caracterizado como uma “piñata” – símbolo tradicional mexicano –, foi destruído pelos manifestantes, simbolizando a insatisfação com as políticas migratórias adotadas pelo líder dos Estados Unidos da América (EUA).
Trump, em suas primeiras ações como presidente, declarou uma emergência na questão imigratória e suspendeu um programa que facilitava o pedido de asilo a estrangeiros.
A medida resultou no cancelamento de entrevistas de asilo já agendadas, afetando diretamente imigrantes que aguardavam processos nos Estados Unidos.
O protesto reuniu várias pessoas ao lado do muro que separa os dois países. Muitos carregavam cartazes com mensagens como o pedido de devolução de territórios tomados durante o século 19, incluindo Califórnia e Texas.
Apesar das críticas, os manifestantes enfatizaram que não são inimigos dos Estados Unidos e defenderam que os imigrantes são trabalhadores que contribuem para o desenvolvimento econômico de ambos os países.
José Maria Lara, coordenador de uma agência de apoio a imigrantes, alertou sobre os impactos das promessas de deportações em massa feitas por Trump.
“Há muitos abrigos aqui na cidade de Tijuana que, em algum momento, ficarão sobrecarregados com tantos deportados. Esse é o trabalho que o governo do nosso país terá de fazer”, afirmou.
Leia mais
Trump avisa: nada de diversidade, trans entre mulheres e imigrantes ilegais
Os manifestantes também exigiram que Trump revertesse a decisão de suspender o programa de asilos, alertando para a crise humanitária que as medidas podem provocar.
A tensão entre os países cresce à medida que as novas políticas migratórias são implementadas, evidenciando os desafios que o tema impõe para o relacionamento bilateral.
Leia mais no g1
Foto: GOP/Fotos Públicas