Trump recua do tarifaço a produtos brasileiros essenciais para EUA

Trump isenta produtos essenciais do Brasil em nova rodada de tarifas.

Publicado em: 30/07/2025 às 18:20 | Atualizado em: 30/07/2025 às 18:21

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou parcialmente das tarifas pesadas impostas a produtos brasileiros, ao incluir exceções em sua ordem executiva assinada nesta quarta-feira (30/7). Embora a medida eleve em 40% as tarifas sobre importações do Brasil — totalizando 50% com o aumento anterior de abril —, o documento oficial exclui da taxação itens considerados estratégicos para a economia norte-americana.

Produtos poupados

Entre os produtos que escaparam do tarifaço estão suco de laranja, aviões, petróleo, celulose, carvão, aço e subprodutos, além de castanhas brasileiras e equipamentos aeronáuticos, como peças e simuladores de voo não militares.

Esses produtos representam uma parte significativa da pauta exportadora do Brasil aos EUA e haviam sido citados como sensíveis pelo setor produtivo nacional e por autoridades brasileiras desde o início da escalada tarifária.

No total, cerca de 700 categorias de produtos foram poupadas, o que representa uma vitória parcial para o agronegócio e a indústria de base brasileiras, que temiam prejuízos bilionários.

Impactos e setores afetados

Apesar das exceções, produtos como carne, café e frutas – também relevantes nas exportações brasileiras – não estão incluídos na lista de isenções, o que mantém acesa a preocupação com perdas nesses setores.

O recuo parcial de Trump é visto como um movimento estratégico, que visa equilibrar a retaliação tarifária com a necessidade de manter o suprimento de itens considerados fundamentais para a economia dos EUA.

Vale lembrar que o Brasil é o segundo maior exportador de aço e ferro para os EUA, atrás apenas do Canadá — e o aço brasileiro, desde junho, já sofre a tarifa máxima de 50%.

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A decisão evidencia o impacto global da política protecionista de Trump, mas também a importância de determinados produtos brasileiros na engrenagem econômica dos Estados Unidos.

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Foto: Ricardo Stuckert / PR