Dólar fecha em R$ 5,79 e Bolsa recua com ameaças de Trump

O temor de novas tarifas dos EUA afetou os mercados globais.

Diamantino Junior

Publicado em: 07/02/2025 às 17:34 | Atualizado em: 07/02/2025 às 17:34

O mercado financeiro reagiu com forte volatilidade nesta sexta-feira (7/2). O dólar disparou 0,51% e fechou cotado a R$ 5,79, após atingir R$ 5,80 na máxima do dia. Enquanto isso, a Bolsa brasileira sofreu forte queda, com o Ibovespa recuando 1,27%, fechando aos 124.617 pontos.

A alta da moeda norte-americana e a queda da Bolsa foram impulsionadas pela nova ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor “tarifas recíprocas” contra diversos países. O anúncio gerou receio de uma escalada na guerra comercial, levando investidores a buscarem ativos mais seguros.

Trump já fixou tarifas contra a China e ameaçou novos alvos, incluindo Reino Unido e União Europeia, que prometeram retaliação contra gigantes da tecnologia dos EUA. O movimento aumentou a incerteza nos mercados globais.

Ibovespa segue queda das bolsas internacionais

O impacto das declarações de Trump foi sentido não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos. O índice Dow Jones recuou 0,53%, o S&P 500 caiu 0,55% e o Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, teve baixa de 0,94%.

No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência global, pressionado ainda pela divulgação do relatório de empregos dos EUA (payroll).

O número de vagas criadas em janeiro ficou abaixo do esperado, mas a revisão para cima do dado de dezembro reforçou a percepção de que a economia americana segue aquecida.

Juros nos EUA podem continuar elevados

A revisão dos dados de emprego aumentou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, mantenha os juros elevados por mais tempo.

Com isso, investidores buscaram os títulos da dívida americana (Treasuries), reduzindo o apetite por ativos de risco, como as ações negociadas na Bolsa brasileira.

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Com um cenário global incerto e juros altos nos EUA, a tendência é de maior volatilidade no câmbio e no mercado acionário nos próximos dias.

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Foto: banco de imagens