Desemprego no Brasil tem menor nível desde 2015

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,8%, refletindo um mercado de trabalho em crescimento.

Desemprego no Brasil tem menor nível em 15 anos

Diamantino Junior

Publicado em: 29/09/2023 às 11:33 | Atualizado em: 29/09/2023 às 11:36

A taxa média de desemprego no Brasil caiu para 7,8% no trimestre móvel encerrado em agosto, atingindo seu menor nível desde fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (29/9).

Essa notícia positiva para o mercado de trabalho brasileiro veio de encontro às expectativas, com estimativas da Bloomberg apontando para uma taxa de desemprego de 7,8% no período.

A redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023, e a queda de 1,1 ponto percentual em comparação com o mesmo período do ano anterior refletem o aumento do número de pessoas empregadas.

A população ocupada alcançou 99,7 milhões, um crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior, o que representa 1,3 milhão de pessoas a mais empregadas. Isso também marca um aumento de 0,6% (ou 641 mil pessoas) em comparação com o mesmo trimestre de 2022, elevando o nível de ocupação para 57%.

Além disso, o número de empregados com carteira assinada no setor privado aumentou 1,1% em relação ao trimestre anterior, chegando a 37,24 milhões, o maior contingente desde fevereiro de 2015. Os empregados sem carteira assinada no setor privado tiveram um aumento de 2,1% no trimestre.

Apesar das melhorias, a taxa de subutilização, que inclui trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas, caiu para 17,7%, seu menor nível desde dezembro de 2015.

A população subutilizada totalizou 20,2 milhões de pessoas, com uma queda de 2,2% no trimestre.

No entanto, a população desalentada, que desistiu de procurar emprego, manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, mas diminuiu 16,2% em relação ao ano anterior, totalizando 3,6 milhões de pessoas, o menor contingente desde setembro de 2016.

No que diz respeito aos rendimentos, o rendimento real habitual no trimestre encerrado em agosto ficou estável em comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 2.947. No entanto, em relação ao ano anterior, houve um crescimento de 4,6%.

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A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 288,9 bilhões, estabelecendo um recorde na série histórica, com um aumento de 2,4% em relação ao trimestre anterior e 5,5% em comparação com o ano anterior.

Esses dados refletem uma tendência positiva no mercado de trabalho brasileiro, com uma queda na taxa de desemprego e um aumento na ocupação, destacando melhorias econômicas no país.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil