Taxa de desocupação no Brasil cai para 8,3% no trimestre, revela IBGE

É a menor taxa desde maio de 2015

Mariane Veiga

Publicado em: 30/06/2023 às 20:57 | Atualizado em: 30/06/2023 às 21:26

Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no país, no trimestre de março a maio de 2023, ficou em 8,3%.

Dessa forma, o percentual caiu 0,3% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro deste ano, e a queda é de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 9,8%.

A taxa divulgada hoje é a menor para um trimestre, desde maio de 2015. A população desocupada no país somou 8,9 milhões de pessoas.

São 279 mil pessoas desocupadas a menos, na comparação com trimestre anterior, e 1,7 milhão de pessoas a menos nessa condição, no período de um ano.

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Segundo o IBGE, pessoas desocupadas são aquelas que, no período da pesquisa, não estavam ocupadas, mas que estavam buscando emprego e que se disseram disponíveis para iniciar um trabalho.

Além disso, há a população desalentada, composta por pessoas que, além de não estarem ocupadas, deixaram de procurar emprego, por acreditar que não conseguiriam.

Essa população, especificamente, soma 3,7 milhões de pessoas no Brasil, segundo os dados divulgados hoje, o que representa uma queda de 6,3% na comparação com o trimestre anterior.

Na comparação anual, a queda é de 14,3% (ou 621 mil pessoas a menos na condição de desalento).

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, o recuo no trimestre não foi influenciado, necessariamente, por um aumento significativo de trabalhadores.

“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho”, explicou. Segundo a pesquisadora, “foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”.

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Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil