Transparência: Acre e Rondônia têm emendas suspensas às universidades

Ministro do STF brecou emendas parlamentares a oito estados.

Flávio Dino ao STF e Paulo Gonet para a PGR, decide Lula

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 02/04/2025 às 09:07 | Atualizado em: 02/04/2025 às 12:11

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, suspendeu as emendas parlamentares destinadas às universidades estaduais do Acre, Rondônia e de outros seis estados. A decisão tem efeito imediato.

Dino tomou essa medida porque os governos estaduais ignoraram uma determinação do STF. Desde janeiro, eles estavam obrigados a criar normas claras para aplicação e prestação de contas das chamadas “Emendas Pix”. Como não apresentaram nenhuma resposta, o ministro agiu.

Além da suspensão, Dino deu um prazo de 90 dias para que estados e municípios prestem contas sobre 6.247 planos de trabalho ainda não cadastrados. Ele quer garantir transparência total nos repasses de recursos.

O caso começou em dezembro de 2022. Na ocasião, o STF declarou inconstitucionais as emendas de relator, conhecidas como RP8 e RP9. Apesar disso, o Congresso tentou contornar a decisão com novas regras. No entanto, o PSOL denunciou que o problema persistia.

Após assumir o caso com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Flávio Dino reforçou o controle. Em agosto de 2023, suspendeu os repasses e exigiu rastreabilidade. Também acionou a Controladoria-Geral da União (CGU) para auditar os repasses ligados ao orçamento secreto.

Em fevereiro, o Congresso apresentou um plano de trabalho. O STF homologou o documento. Nele, os parlamentares se comprometeram a identificar autores e beneficiários das emendas.

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Acordo não cumprido

Mesmo assim, parte dos estados seguiu descumprindo as regras. Com isso, Dino manteve firme sua posição: sem transparência, não há repasse. Acre e Rondônia, por não cumprirem as exigências, estão entre os penalizados.

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Foto: BNC Amazonas