STF pode levar sete deputados à perda de mandato por “sobras eleitorais”
Câmara pede ao STF para adiar a decisão que afetaria deputados, principalmente da bancada do Amapá.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 18/03/2025 às 16:29 | Atualizado em: 18/03/2025 às 16:29
A Câmara dos Deputados pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (17), que suspenda a decisão sobre as sobras eleitorais, a qual pode levar sete deputados à perda de mandato.
Nesse contexto, a Advocacia da Câmara argumenta que a decisão só deveria ter efeito após o fim de todos os recursos, com a publicação do acórdão.
Além disso, o pedido de adiamento é baseado no “risco de convulsão na representação parlamentar”, que, por sua vez, impactaria diretamente o funcionamento e a organização da Câmara.
Por outro lado, a decisão do STF altera a contabilização das sobras eleitorais nas eleições de 2022, afetando principalmente a bancada do Amapá.
Especificamente, a bancada do Amapá, composta por oito deputados, teria metade dos parlamentares substituídos. Os deputados afetados são:
- Dr. Pupio (MDB-AP)
- Sonize Barbosa (PL-AP)
- Professora Goreth (PDT-AP)
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
Além disso, outros deputados impactados incluem:
- Lebrão (União Brasil-RO)
- Lázaro Botelho (PP-TO)
- Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
Com a mudança, os novos deputados seriam:
- Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
- Rafael Bento (Podemos-RO)
- Tiago Dimas (Podemos-TO)
- Professora Marcivânia (PCdoB-AP)
- Paulo Lemos (PSOL-AP)
- André Abdon (Progressistas-AP)
- Aline Gurgel (Republicanos-AP)
Ademais, na quinta-feira (13), o STF aplicou novas regras sobre as sobras eleitorais, permitindo, assim, uma maior disputa entre partidos para preencher as vagas não ocupadas.
Por fim, a Lei 14.211/2021 reformulou a distribuição das sobras, estabelecendo que apenas partidos com 80% do quociente e candidatos com 20% podem disputar as vagas.
Esse novo entendimento foi considerado aplicável às eleições de 2022, o que, consequentemente, resultaria na perda de mandato para os sete parlamentares citados.
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil