STF e governo enfrentam dilema político sobre os condenados do 8/1
Ministros se veem sozinhos na articulação para a solução do impasse com os condenados do 8 de janeiro de 2023.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 30/04/2025 às 17:26 | Atualizado em: 30/04/2025 às 17:29
Enquanto o governo Lula se mantém distante das questões mais críticas, o Supremo Tribunal Federal (STF) lidera as discussões sobre os condenados do 8 de Janeiro.
Após meses de confrontos com o Congresso, o Supremo se vê dividido entre duas frentes: um grupo defendendo ações duras contra os envolvidos no ataque aos Três Poderes e outro questionando as articulações de Bolsonaro.
Apesar de um movimento crescente na sociedade minimizando o impacto dos ataques de 2023, os ministros do STF não aceitam que a narrativa seja distorcida.
Simultaneamente, o governo federal parece se abster de tomar uma posição firme, permitindo que membros de sua base aliada apoiem projetos de anistia para os envolvidos no golpe.
Nos bastidores, figuras do Congresso e do STF tentam costurar um acordo para resolver o impasse, mas as tensões são evidentes.
O grupo leal ao ministro Alexandre de Moraes resiste à ideia de ceder diante de pressões pela anistia a Bolsonaro e aliados, embora discussões sobre a revisão das penas já estejam em andamento.
O cenário político atual revela a fragilidade da gestão Lula diante de desafios cruciais para a democracia.
O futuro dessas negociações permanece incerto, especialmente com a postura de Moraes, que continua sendo uma das principais resistências aos ataques ao sistema democrático.
Leia na íntegra em O Globo.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil