STF deve investigar Eduardo e Bolsonaro pela conspiração nos EUA
Pai e filho interferem em processo criminal em andamento no Supremo.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 26/05/2025 às 12:14 | Atualizado em: 26/05/2025 às 12:52
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por articulações feitas nos Estados Unidos (EUA). De acordo com a denúncia, o deputado age no exterior para pressionar autoridades brasileiras e, sobretudo, interferir diretamente em processos que envolvem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Conforme evidenciado em registros públicos, postagens e entrevistas recentes mostram Eduardo pedindo sanções internacionais contra ministros do STF. Diante disso, a Procuradoria vê nisso uma tentativa deliberada de constranger o Judiciário.
Nesse contexto, o deputado criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, que, por sua vez, assumiu como relator do caso no STF.
No que diz respeito aos benefícios diretos, o documento afirma que Eduardo Bolsonaro tenta influenciar o desfecho de ações penais envolvendo Bolsonaro. Vale destacar que a própria PGR reconhece que o ex-presidente receberia benefícios diretos.
Além do mais, Jair Bolsonaro afirmou ser o responsável pelos custos da permanência do filho nos EUA, o que, claramente, reforça a ligação entre os dois.
Por outro lado, a Procuradoria aponta indícios de crimes como coação no curso do processo e, ainda, obstrução de investigação.
No tocante à sua mudança para os EUA, a ida de Eduardo foi acompanhada de duras críticas ao Supremo. Na prática, ele se afastou do mandato para permanecer no exterior, onde, inclusive, reforça a narrativa de perseguição contra sua família.
Para a PGR, os atos do deputado fazem parte de uma estratégia para deslegitimar decisões judiciais e impedir o avanço de investigações criminais no Brasil.
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