Assad renuncia e deixa a Síria; rebeldes assumem Damasco

Bashar al-Assad deixou o país sob proteção russa e líderes internacionais pedem negociações para a estabilização da região.

Diamantino Junior

Publicado em: 08/12/2024 às 10:07 | Atualizado em: 08/12/2024 às 10:10

O presidente sírio, Bashar al-Assad, renunciou e deixou o país após negociações com diversas partes envolvidas no conflito armado, conforme anunciou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia neste domingo (8/12). O paradeiro do líder não foi revelado, mas fontes apontam que ele teria deixado Damasco sob proteção russa, possivelmente em direção a Latakia, onde há uma base aérea russa.

Horas antes, rebeldes sírios afirmaram ter entrado na capital Damasco, e o comando do Exército declarou o fim do regime de Assad.

Em um vídeo divulgado à imprensa, o primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, manifestou sua disposição em cooperar com a formação de um governo de transição, enfatizando a necessidade de priorizar os interesses do povo sírio.

A Rússia confirmou que está em contato com os grupos de oposição e que al-Assad orientou uma transição pacífica de poder.

Bases militares russas na Síria foram colocadas em alerta máximo, embora o Kremlin tenha garantido que não há ameaças significativas no momento.

A comunidade internacional reagiu ao desdobramento

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estar acompanhando os eventos na Síria, enquanto Donald Trump, presidente eleito, pediu um cessar-fogo imediato e negociações para evitar uma escalada do conflito.

Trump também criticou o enfraquecimento de Rússia e Irã devido à guerra na Ucrânia e à atuação de Israel no Oriente Médio, sugerindo que a China poderia desempenhar um papel para estabilizar a região.

A renúncia de Assad marca um momento histórico no conflito sírio, após mais de uma década de guerra civil.

Leia mais

Trump mandou bombardear Síria, mas diz ter combinado com os russos

A transição política na Síria será um desafio global, com impactos em todo o Oriente Médio e no equilíbrio de poder internacional.

Leia mais no Poder 360