Sintomas do coronavírus pós-internação duram meses, revela estudo

A pesquisa, liderada por cientistas na Universidade de Oxford, analisou o impacto de longo prazo do coronavírus em 58 pacientes internados

Sintomas do coronavírus pós-internação duram meses, revela estudo

Publicado em: 20/10/2020 às 11:28 | Atualizado em: 20/10/2020 às 11:29

Mais da metade dos curados da covid-19 ainda tiveram sintomas por três meses após a infecção inicial.

As conclusões são de um estudo feito no Reino Unido.

Esses pacientes apresentaram:

  • falta de ar
  • fadiga
  • ansiedade
  • depressão

A pesquisa analisou o impacto de longo prazo da covid-19 em 58 pacientes internados por causa da doença.

O trabalho é liderada por cientistas na Universidade de Oxford.

O estudo mostrou que alguns pacientes tiveram anormalidades em múltiplos órgãos, depois de serem infectados pelo novo coronavírus e que a inflamação persistente causou problemas para alguns por meses.

 

Publicação sem revisão

 

O estudo não foi revisado por outros cientistas, mas foi publicado antes dessa revisão no site MedRxiv.

“Essas descobertas enfatizam a necessidade de se explorar mais os processos fisiológicos associados à covid-19 e desenvolver um modelo holístico, integrado, de atendimento clínico para nossos pacientes depois que eles têm alta do hospital”, disse Betty Raman, médica do Departamento Radcliffe de Medicina, de Oxford, que coliderou o estudo.

Um relatório inicial do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde britânico trouxe mais dados.

A publicação foi na semana passada.

 

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O estudo afirma que doenças remanescentes após a infecção pela covid-19, chamada de “covid longa”, pode envolver ampla gama de sintomas que afetam todas as partes da mente e do corpo.

Os resultados do estudo de Oxford mostraram que dois a três meses após o início da covid-19, 64% dos pacientes sofreram com falta de ar persistente e 55% relataram fadiga significativa.

Exames mostraram ainda anomalias nos pulmões de 60% dos pacientes, nos rins de 29%, no coração de 26% e no fígado de 10%.

 

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Foto: Nexu Science Comnunication/Reuters/via Agência Brasil