‘Se você é pobre e burro, o concurso da ESA foi feito para você’

O título mencionado gerou polêmica com um vídeo em que canal “Eu Militar” faz uma análise sobre o perfil dos candidatos que buscam a Escola de Sargentos das Armas (ESA).

O youtuber explicou que seu objetivo ao utilizar essa frase era chamar a atenção para a realidade socioeconômica dos candidatos que geralmente buscam a ESA.

Conforme a Revista Sociedade Militar, ele argumenta que a maioria dos aprovados na ESA vem de famílias humildes.

Ou seja, muitas vezes sem condições de bancar uma faculdade particular ou passar anos estudando para concursos mais exigentes.

“O perfil da ESA é de uma galera mais humilde, a maioria estudou em escola pública e não tinha outras oportunidades viáveis. Eu mesmo fiz a prova duas vezes, fui aprovado na segunda tentativa e essa foi a melhor decisão que tomei”, declarou no vídeo.

Então, segundo a análise do criador do canal “Eu Militar”, a ESA representa uma oportunidade para jovens que buscam estabilidade financeira sem precisar de um longo período de formação acadêmica.

Com isso, o concurso permite que, em pouco tempo de preparação, um candidato consiga ingressar em uma carreira militar com um salário inicial acima da média nacional.

Desse modo, ele reforça que a ESA, assim como a Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR) e outras instituições militares, é um caminho acessível para quem deseja estabilidade profissional.

“Você sai do zero, garante um salário de R$ 4.500 a R$ 5.000 como sargento e tem um futuro garantido, enquanto muitos colegas da sua idade ainda estão tentando se firmar no mercado de trabalho”, explica.

Críticas e Apoios

Dessa maneira, a declaração dividiu opiniões. Alguns seguidores do canal defenderam a abordagem.

Eles afirmaram que a ESA realmente é uma das poucas oportunidades concretas para jovens de origem humilde alcançarem independência financeira.

Já outros consideraram o título ofensivo, mesmo entendendo a intenção do youtuber em motivar candidatos a buscarem um caminho de sucesso.

“A gente precisa encarar a realidade. Se você é pobre e não tem apoio financeiro para estudar por anos, a ESA é uma porta de entrada digna para uma vida melhor”, comentou um seguidor.

Segundo a publicação, por outro lado, críticos apontam que a forma como a mensagem foi transmitida pode desmotivar jovens e reforçar estereótipos negativos.

“Não é porque alguém estudou em escola pública que é ‘burro’. A maneira como ele colocou a frase pode passar uma ideia errada”, disse outro usuário nas redes sociais.

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Foto: reprodução/vídeo