Saidinha de Natal: quase 3 mil criminosos estão por aí, livres
Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Sergipe registraram os maiores percentuais de não retorno

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 18/01/2024 às 09:35 | Atualizado em: 18/01/2024 às 09:35
A saidinha de Natal de 2023 deixa quase 3 mil criminosos livre, por aí. Ou seja, dos 52 mil, 49 mil retornaram (ou 95%) e 2,6 mil (ou 5%), não e, por isso, são considerados foragidos.
Neste ano, pouco mais de 52 mil presos deixaram a prisão, que foi permitida em 17 das 27 unidades da federação. A informação é do g1, junto aos governos estaduais.
Por exemplo, Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Sergipe registraram os maiores percentuais de não retorno – nesses quatro, mais de 10% dos presos não voltaram para a prisão.
Além disso, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Piauí e Rondônia tiveram os menores índices.
Conforme a publicação, a saída temporária existe para que o preso seja reintegrado à vida em sociedade de forma progressiva, aos poucos, durante o cumprimento da pena. É o que argumenta o secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rafael Velasco.
As saídas temporárias fazem parte do processo de reintegração social do preso, de reaproximação familiar e social. Uma ressocialização para que o preso não seja lançado diretamente do cumprimento da pena no regime fechado para a sociedade sem chance de progressivamente ser reintegrado, como prevê o sistema.
Dessa maneira, a secretaria de Polícias Penais tem trabalhado para criar uma norma técnica que ajude os estados a aplicar melhor as saidinhas.
Então, Velasco diz que é “oportuno debater” as saidinhas. “Mas tem que debater com seriedade, sem populismo, para resolver os problemas e não para ganhar voto ou clique”.
Da mesma forma, para o secretário, associar saidinhas ao aumento de crimes é “uma muleta argumentativa que não tem base em estudo”.
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Foto: reprodução