Reincidente em crimes sexuais no país vai ser castrado, aprova CCJ do Senado
Trata-se de um projeto que permite a castração química voluntária para condenados por esses tipos de crimes

Ednilson Maciel, da Redação do BNC amazonas
Publicado em: 23/05/2024 às 08:19 | Atualizado em: 23/05/2024 às 08:21
Por 17 votos a 3, reincidentes em crimes sexuais no país vão ser castrados, aprovou nesta quarta-feira (22) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Trata-se de um projeto que permite a castração química voluntária para condenados por esses tipos de crimes.
Segundo o g1, o projeto tramita na CCJ em caráter terminativo. E, se não houver recurso para ir a plenário, vai direto para análise da Câmara.
Nesse sentido, de acordo com o texto, a castração química será feita por meio de hormônios.
O relator da proposta na CCJ, senador Angelo Coronel (PSD-BA), defendeu que o “tratamento” se “mostra meio adequado para que se evite a reincidência em crimes de natureza sexual, o tratamento reduz os níveis de testosterona no organismo do indivíduo e mitiga sua libido”.
O condenado que apresente um perfil voltado à violência sexual, terá a oportunidade de reconhecer sua condição e optar pelo tratamento hormonal como forma de intervenção terapêutica e condição para seu livramento, escreveu o senador em seu relatório.
Além disso, o documento diz ainda que a castração pode ter efeitos colaterais. Mas que o condenado será submetido a uma Comissão Técnica de Avaliação que irá orientá-lo.
[O condenado] será orientado sobre o tratamento e sobre suas próprias condições psicológicas, psiquiátricas e clínicas, e somente depois, inclusive com orientação de seu defensor, poderá tomar a decisão de se submeter ao tratamento oferecido, aponta o relatório.
Portanto, a castração química é colocada no projeto como uma medida “alternativa ao cumprimento de pena”.
Com isso, ainda que o condenado opte pela castração, caberá ao juiz avaliar se o condenado poderá, ou não, voltar ao convívio social.
Leia mais no g1.
Leia mais
Condenados por abuso de poder serão proibidos de receber homenagens
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado