R$ 1 bilhão é o prejuízo deixado por Bolsonaro em vacinas que não usou

Incineração de insumos médicos é investigada pela Procuradoria-Geral da República. Desperdício foi de 39 milhões de doses, quase 5% do total comprado

Barra Torres Exército

Mariane Veiga

Publicado em: 22/12/2023 às 21:52 | Atualizado em: 22/12/2023 às 22:37

O Brasil queimou mais de 39 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, cerca de R$ 1,4 bilhão, desde 2021, que venceram sem serem utilizadas e precisaram ser incineradas, segundo dados do governo federal.

O fim da validade e a necessidade de descartar quase 40 milhões de doses foram revelados pela “Folha de S. Paulo” em março.

Agora, a incineração de insumos médicos é investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Conforme o G1, o órgão apura se houve improbidade administrativa (quando agentes públicos causam prejuízos aos cofres públicos).

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O desperdício, de acordo com especialistas, é consequência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demorou para comprar e distribuir as doses, enquanto o próprio Bolsonaro empreendia uma cruzada contra as vacinas.

Além disso, o ex-presidente recusava se imunizar e disseminava desinformação, como fez quando associou a vacina da covid com a Aids.

A CPI da covid, que investigou as condutas do governo federal ao longo da pandemia terminou com o pedido de indiciamento de Bolsonaro por 9 crimes.

O total de vacinas incineradas representa quase 5% do total comprado pelo país.

Ainda segundo especialistas em logística na saúde, é comum o descarte de medicamentos vencidos, mas o índice está acima do considerado aceitável de até 3%.

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Foto: reprodução