Governo entrega lista de projetos prioritários a Hugo Motta

Haddad apresentou a Hugo Motta 25 projetos prioritários para o governo, incluindo a ampliação da isenção do IR. O governo busca aprovação antes da campanha de 2026.

Diamantino Junior

Publicado em: 05/02/2025 às 17:48 | Atualizado em: 05/02/2025 às 17:48

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou nesta quarta-feira (5/2) ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma lista com 25 projetos considerados prioritários para o governo. Desses, 15 ainda precisam ser analisados pelo Congresso Nacional. A intenção do governo é que as matérias sejam votadas nos próximos dois anos, mas o desejo é de que as discussões ocorram ainda em 2025.

Durante o encontro, Haddad fez elogios a Motta, chamando-o de “líder extraordinário”.

O ministro também ressaltou sua boa relação com líderes partidários nos últimos dois anos, citando os deputados Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Antonio Brito (PSD-BA) e Doutor Luizinho (PP-RJ), mas sem mencionar o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Entre os projetos prioritários apresentados estão a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, ajustes na nova Lei de Falências e a regulamentação do chamado “devedor contumaz”.

Haddad enfatizou que a discussão sobre as compensações para a renúncia tributária é essencial para avançar no debate sobre a isenção do IR e afirmou que o desenho da compensação pretendida pelo governo já está pronto, mas ainda não pode ser divulgado.

Por sua vez, Hugo Motta destacou o papel de Arthur Lira no avanço das pautas econômicas nos últimos anos e reforçou que a lealdade do Congresso está voltada para o progresso do país, e não apenas para a agenda do governo.

Dos 25 projetos apresentados, 14 já estão em tramitação ou terão propostas de lei apresentadas pelo Executivo.

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As demais são mudanças que podem ser implementadas por meio de portarias, sem necessidade de aprovação do Legislativo.

A equipe econômica do governo busca agilizar as discussões e aprovações antes da campanha presidencial de 2026, que pode dificultar debates mais amplos.

O plano inicial é que a maioria dos projetos seja aprovada ainda no primeiro semestre deste ano.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil