Procurador que espancou chefe escapa de punição alegando esquizofrenia
Em julho de 2022, Demétrius foi filmado agredindo Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho.

Diamantino Junior
Publicado em: 16/06/2023 às 14:24 | Atualizado em: 16/06/2023 às 14:24
O procurador Demétrius Oliveira Macedo, responsável por agredir brutalmente sua chefe durante o expediente na Prefeitura de Registro, interior de São Paulo, foi absolvido pela 1ª Vara da Comarca de Registro. A decisão foi baseada no diagnóstico de esquizofrenia paranoide, que o considerou inimputável, ou seja, incapaz de compreender a ilegalidade de seu próprio comportamento devido à doença mental.
A informação foi publicada no portal da revista Fórum.
Em julho de 2022, Demétrius foi filmado agredindo Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho.
Após sua detenção, ele foi internado em um hospital psiquiátrico devido ao seu comportamento narcisista e combativo.
O procurador recebeu o diagnóstico de esquizofrenia paranoide de cinco médicos diferentes e está atualmente em um hospital de custódia, onde deverá permanecer internado por, no mínimo, três anos.
Leia mais
Bolsonaro corta R$ 89 milhões do combate à violência contra mulher
Na decisão, o juiz afirmou: “Na presente condição, o acusado no processo penal, por mais que reconhecido tenha praticado fato típico e antijurídico, não pode ser responsabilizado penalmente, porque seu comportamento não pode ser tomado como crime, porque o agente não é culpável.”
Relembrando o caso que chocou o Brasil, o vídeo divulgado mostra a agressão brutal do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, contra sua colega de trabalho, a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, ambos com o mesmo cargo.
As imagens registraram os socos e chutes violentos desferidos por Demétrius, mesmo com Gabriela caída no chão e com o rosto sangrando.
Durante o ataque, o agressor a xinga repetidamente com palavras ofensivas. Outra funcionária que tentou intervir também foi agredida e arremessada contra uma porta.