‘Privatizar é entregar presídios de vez ao crime organizado’, alerta ministro

Silvio Almeida afirmou também que pretende conversar com o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre o assunto

ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida,

Mariane Veiga

Publicado em: 02/02/2024 às 18:00 | Atualizado em: 02/02/2024 às 18:06

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, afirmou, nesta sexta-feira (2), ser “contra” a política de privatização dos presídios e unidades socioeducativas.

Em abril de 2023, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), editaram um decreto que incluiu presídios e a segurança pública no rol do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).

Conforme o G1, para o ministro, a privatização é “inaceitável” e “inconstitucional” e o tema precisa de um debate maior, já que pode representar a privatização da execução penal.

“Privatização seja de presídio ou de sistema socioeducativo abre espaço para infiltração do crime organizado, que é tudo ao contrário do que a gente quer fazer. Não estou dizendo que isso exista já, o que estou dizendo é que a gente abre espaço para que o crime organizado tenha mais um pedacinho do Estado brasileiro”, disse Almeida.

O ministro afirmou também que pretende conversar com o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski sobre o assunto.

A ideia é apresentar a nota técnica feita pelo ministério com posição contrária. Silvio Almeida pretende ampliar o debate e levar o assunto também para o presidente Lula da Silva (PT).

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