Por bloquear estradas por Bolsonaro, ex-PRF pode perder aposentadoria
A ação envolveu a interceptação de ônibus que transportavam eleitores e há suspeitas de que a atuação da PRF foi atípica e irregular.

Diamantino Junior
Publicado em: 17/04/2023 às 15:05 | Atualizado em: 17/04/2023 às 15:05
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está investigando o ex-diretor-geral Silvinei Vasques, um apoiador de Bolsonaro, em relação a uma série de blitze realizadas durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
A questão pode levar à cassação da aposentadoria de Vasques, bem como à reabertura da investigação em relação ao que aconteceu na Bahia, onde o então ministro da Justiça, Anderson Torres, esteve antes do segundo turno.
A ação envolveu a interceptação de ônibus que transportavam eleitores e há suspeitas de que a atuação da PRF foi atípica e irregular.
Após a derrota de Bolsonaro, Vasques deixou seu posto e se aposentou.
Embora a PRF tenha iniciado uma investigação interna, o então corregedor-geral do órgão, Wendel Benevides Matos, arquivou parcialmente o caso, alegando a ausência de irregularidades.
Matos sugeriu que as superintendências da PRF em cinco estados continuassem a apurar a atuação da corporação durante o segundo turno.
Leia mais
Cai sigilo das operações da PRF no dia da eleição para ajudar Bolsonaro
Membros atuais da PRF afirmam que a investigação do corregedor-geral poupou Vasques, um bolsonarista, de culpa e transferiu a responsabilidade para funcionários das superintendências locais.
A atuação do então superintendente em Santa Catarina também está sendo investigada, já que ele suspendeu as folgas dos funcionários da unidade no dia do segundo turno e revogou a medida no dia seguinte, quando Vasques estava sob risco de ser preso.
Leia mais na matéria de Andréia Sadi publicada no portal g1
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil