Pressão aumenta por saída de Juscelino Filho após denúncia da PGR

A Procuradoria-Geral da República denunciou Juscelino Filho (União Brasil-MA) por corrupção passiva e outros crimes, o que intensificou a pressão pela sua saída.

A acusação, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), envolve desvio de emendas parlamentares enquanto ele exercia mandato como deputado federal.

O caso é o mesmo em que a Polícia Federal já havia indiciado Juscelino em 2024. Agora, cabe ao STF decidir se ele vira réu.

A denúncia reaqueceu nos bastidores do governo e do Congresso a expectativa de que o ministro peça demissão e reassuma seu mandato na Câmara.

Integrantes do governo Lula afirmam que ele já sabia das consequências políticas caso a denúncia fosse formalizada.

O próprio presidente, em junho de 2024, havia dito que manteria o ministro no cargo apenas até esse ponto.

Reforma em jogo

Aliados no Planalto veem a saída de Juscelino como chave para destravar uma reforma ministerial há meses emperrada. Nesse contexto, entre os movimentos cogitados, está a entrega do Ministério do Turismo ao PSD, que pressiona por mais espaço no governo.

Além disso, o atual titular da pasta, Celso Sabino (União Brasil-PA), poderia ser deslocado para as Comunicações, substituindo Juscelino. Por outro lado, outros nomes cotados são Pedro Paulo (PSD-RJ) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que hoje não contam com apoio da cúpula da Câmara.

Apesar disso, o União Brasil saiu em defesa do ministro. “O partido permanece ao lado do ministro”, afirmou Antonio Rueda, presidente da sigla. Ele disse ainda que Juscelino apresentará defesa ao STF e que “denúncias não equivalem a culpa”.

Nos bastidores, especula-se sobre outras mudanças ministeriais. Por exemplo, Cida Gonçalves pode deixar o Ministério das Mulheres, enquanto Luciana Santos estaria cotada para uma transição da Ciência e Tecnologia.

Além disso, o senador Beto Faro (PT-PA) surge como um possível substituto de Paulo Teixeira no Desenvolvimento Agrário.

Leia na íntegra em Brasil 247.

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