Por que aves apreendidas na casa de ex-ministro morreram no Ibama?

Ibama apreendeu 55 aves na casa de Anderson Torres quando ex-ministro estava preso

CPI dos golpistas: STF deve autorizar Torres a ficar mudo

Mariane Veiga

Publicado em: 18/12/2023 às 17:19 | Atualizado em: 18/12/2023 às 17:26

Pelo menos 16 das 55 aves apreendidas na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres morreram enquanto estavam sob a guarda do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A informação é do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Segundo a Polícia Federal, as aves chegaram ao Ibama com irregularidades nas penas, bicos fragilizados, com possível deficiência nutricional e falta de sol. Entre os animais estão bicudos-verdadeiros e curiós.

Já o Ibama afirmou que as aves que morreram chegaram ao órgão “em condições debilitadas”.

O Ibama e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) fizeram duas operações na casa de Torres, em 24 de fevereiro e em 18 de abril.

Nesse período, o ex-ministro estava preso sob suspeita de atuar nos atos golpistas de 8 de janeiro.

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Na operação de abril, os agentes apreenderam 55 pássaros do criadouro e levaram os animais ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Brasília.

Entre 18 de abril e 24 de maio, 13 aves morreram no Ibama e não haviam passado por perícia. Outras três morreram a partir de junho, de acordo com um laudo da Polícia Federal.

Dois cadáveres foram encaminhados para uma necropsia na Universidade de Brasília, a fim de apontar a causa das mortes. Até o fim de setembro, os exames não haviam sido concluídos.

Os outros pássaros mortos foram congelados no Instituto Nacional de Criminalística, da PF, e podem passar por novas análises.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil