Dono do PL diz que desconfiar das urnas foi coisa de Bolsonaro
Presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, nega que tenha suspeitado das urnas eletrônicas como Bolsonaro.

Diamantino Junior
Publicado em: 15/03/2024 às 17:04 | Atualizado em: 15/03/2024 às 17:06
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, refuta as suspeitas levantadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a integridade das urnas eletrônicas e o resultado das eleições de 2022. Em depoimento à Polícia Federal (PF), o “dono do PL” afirmou que não concorda com as declarações de Bolsonaro e destacou que nunca presenciou irregularidades no sistema eleitoral brasileiro.
Ele também revelou que orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso, indicando sua confiança no processo eleitoral vigente.
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, foi enfático ao negar as suspeitas levantadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a lisura das urnas eletrônicas e o resultado das eleições de 2022.
Em depoimento à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado, Valdemar rejeitou as alegações de Bolsonaro e destacou sua confiança no sistema eleitoral brasileiro.
O presidente do PL afirmou que, em sua longa trajetória política, nunca testemunhou qualquer irregularidade no processo eleitoral e, por isso, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso.
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Valdemar também foi questionado sobre a solicitação de uma “verificação extraordinária” das urnas do segundo turno das eleições ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo PL, ignorando o fato de que as mesmas urnas foram utilizadas no primeiro turno.
Em resposta, ele explicou que o Instituto Voto Legal foi contratado para fiscalizar, não para questionar o resultado eleitoral conforme Bolsonaro sugeriu.
Valdemar reafirmou que a contratação do instituto foi uma demanda do ex-presidente e de deputados do PL, e que o partido pagou cerca de R$ 1 milhão pelos serviços.
Quanto ao relatório que questionava o resultado das eleições, Valdemar revelou que a iniciativa partiu de Bolsonaro e deputados do PL, e que foram pressionados a ajuizar a ação no TSE.
Por fim, o presidente do PL foi questionado sobre as “minutas do golpe”, documentos que propunham subverter a ordem democrática para impedir a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
Valdemar esclareceu que sempre descartou tais documentos, considerando-os apócrifos, e os triturava na sede do partido.
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Foto: redes sociais