Joias vendidas: PL já admite que ‘lambança’ de Bolsonaro vai custar caro

A investigação sobre a venda e recompra de joias nos Estados Unidos abriu caminho para a revelação de outros possíveis esquemas do governo Bolsonaro.

Ao prometer colaborar com a PF, Cid deixa prisão por ordem de Moraes

Diamantino Junior

Publicado em: 01/09/2023 às 11:15 | Atualizado em: 01/09/2023 às 11:15

A cúpula do Partido Liberal (PL) está preocupada com o impacto negativo que o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias terá em sua carreira política nas próximas eleições municipais. Integrantes do partido acreditam que, a partir deste incidente, a Polícia Federal está investigando todos os possíveis escândalos do governo Bolsonaro.

Os interlocutores de Bolsonaro reconhecem que ele cometeu um erro significativo ao sinalizar que poderia abandonar seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

Esse movimento, segundo eles, levou Cid a colaborar com as investigações da Polícia Federal, especialmente quando percebeu que seu pai, o tenente-coronel Lourena Cid, também estava sob investigação.

A investigação sobre a venda e recompra de joias nos Estados Unidos abriu caminho para a revelação de outros possíveis esquemas do governo Bolsonaro.

Mauro Cid está fornecendo informações detalhadas, incluindo como funcionava o “fluxo financeiro” do ex-presidente, e os investigadores estão analisando se o centro dessas operações estava em Miami.

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Cid também discutiu o funcionamento do “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto, que era usado para atacar adversários políticos e o sistema eleitoral.

Nesta quinta-feira (31), Mauro Cid prestou mais de dez horas de depoimento à Polícia Federal, totalizando mais de vinte horas de colaboração com as autoridades. Além disso, seu pai, o general Lourena Cid, também está em negociações para colaborar com a PF.

Tanto a Polícia Federal quanto o Supremo Tribunal Federal acreditam que Bolsonaro usou a questão do foro das investigações como desculpa para evitar depor, com medo das revelações de Mauro Cid.

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Foto: Alan Santos/Presidência da República