Banco Central estuda liberar pix mesmo sem internet
Além disso, o Pix Automático, com débitos automáticos pré-autorizados, está a caminho em 2024, simplificando o pagamento de contas recorrentes. O BC também está considerando a internacionalização do Pix, o que poderia impulsionar o comércio exterior do Brasil

Diamantino Junior
Publicado em: 05/09/2023 às 11:04 | Atualizado em: 05/09/2023 às 11:04
O Pix, que se estabeleceu como o principal meio de pagamento no Brasil, está prestes a dar um salto revolucionário que promete simplificar a vida dos brasileiros.
Segundo o Relatório de Gestão do Pix, divulgado recentemente pelo Banco Central, uma das mudanças mais significativas em desenvolvimento é a capacidade de realizar transações Pix sem a necessidade de estar conectado à internet.
Isso abre um leque de possibilidades, tornando o Pix uma opção viável para pagamentos em situações onde a conectividade é limitada, como pedágios, estacionamentos e transporte público.
Atualmente, a ausência de conexão à internet impede que os usuários utilizem o Pix, tornando-o menos acessível em determinados cenários.
No entanto, as novas tecnologias estão prestes a superar essa limitação, tornando o Pix off-line uma realidade em um futuro próximo.
Outras novidades
O Banco Central também está planejando o lançamento do Pix Automático, uma modalidade que funcionará como um débito automático com a autorização prévia do pagador.
Previsto para entrar em operação em 2024, essa funcionalidade permitirá aos brasileiros quitar suas contas recorrentes, como água, luz e telefone, sem a necessidade de autenticar cada transação individualmente. Essa iniciativa visa simplificar ainda mais a vida financeira dos cidadãos e reduzir custos para os consumidores.
Além disso, o BC está considerando a possibilidade de permitir o parcelamento de compras através do Pix, oferecendo flexibilidade aos consumidores em suas transações financeiras.
Internacionalização
Uma das perspectivas mais empolgantes é a internacionalização do Pix, tornando-o uma forma de pagamento para o exterior.
Atualmente, apenas contas brasileiras estão integradas ao sistema de pagamentos instantâneos. No entanto, o Banco Central já adotou padrões internacionais de comunicação e está acompanhando as iniciativas globais para viabilizar essa expansão, o que deve impulsionar o comércio exterior brasileiro.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a importância de reduzir custos nas transações transfronteiriças e destacou que o Pix é rastreável, o que contribui para evitar fraudes.
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O advogado especializado em direito bancário, Marcelo Godke, destacou que o Drex, a primeira moeda virtual oficial do Brasil, também pode impulsionar as transações internacionais.
A tecnologia por trás das moedas digitais é adequada para operações de câmbio entre países, o que poderá facilitar a transferência de recursos de forma eficiente.
Campos Neto enfatizou que a transformação de ativos em representações digitais é uma tendência clara, e que o mundo está migrando para a tokenização.
Com todas essas inovações em vista, o Pix está pronto para se consolidar como uma força revolucionária no cenário financeiro do Brasil e além.
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Foto: reprodução Tecnomundo