Piaçabeiros do rio Negro, cem anos de trabalho escravo

Publicado em: 19/10/2017 às 19:10 | Atualizado em: 19/10/2017 às 19:20

A repórter Thaís Lazzeri, da ong Repórter Brasil, teve reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta, dia 19, em que apresenta um diagnóstico de trabalho escravo no Amazonas, mais precisamente nas comunidades indígenas do alto e médio rio Negro.

São os piaçabeiros, trabalhadores que extraem a palha da piaçaba para confecção de vassoura e que há cem anos vivem, endividados e em regime escravocrata, nas mãos de patrões.

A repórter estudou ocorrências criminosas na comunidade Malalahá, no município de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira do Brasil com Venezuela e Colômbia.

Lá, os piaçabeiros “são submetidos a um modo de exploração em que o trabalho se confunde com pagamento de dívida”, diz trecho da reportagem.

“O objetivo é manter o piaçabeiro endividado e subordinado a vida inteira”, afirma o pesquisador Márcio Meira, ex-presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), que estudou o ciclo da servidão amazonense.

Para o Código Penal Brasileiro, a situação se enquadra como trabalho escravo.

Leia a reportagem completa na Folha.

 

Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil_Reprodução/Folha