PGR de Bolsonaro diz que ‘inquérito contra presidente da República não se faz na PF’
Augusto Aras recebe críticas por não ter apresentado denúncia ao STF contra o ex-presidente.
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 25/02/2025 às 17:26 | Atualizado em: 25/02/2025 às 17:27
Augusto Aras, da Procuradoria -Geral da República (PGR) do governo Bolsonaro criticou a investigação da Polícia Federal (PF) que embasou a denúncia apresentada ao STF por seu sucessor, Paulo Gonet.
Hoje, o advogado recebe críticas por não ter apresentado denúncia ao STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era chefe da PGR. Isso entre agosto de 2019 e setembro de 2023.
Dessa forma, Augusto Aras se defendeu no X e no LinkedIn, redes sociais onde tem perfis, com ataques à atuação da imprensa na cobertura da denúncia sobre a tentativa de tentativa de golpe de Estado.
Segundo o Estado de Minas, na delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse que o então presidente recebia o então procurador-geral no Palácio da Alvorada cerca de uma vez por mês.
Além disso, conforme Cid, também participava dos encontros a subprocuradora da República Lindôra Araújo, braço direito de Aras para os casos criminais.
“PGR Aras delegou, como outras gestões do MPF, funções criminais aos sub-PGRs, titulares de independência funcional. Jornalistas de verdade sabem disso. O resto é fake news”, diz a postagem feita no domingo (23), que acompanha uma foto dele de toga, da época que acompanhava as sessões do STF no plenário.
Ao mesmo tempo, Aras enviou a mesma mensagem para o WhatsApp de conhecidos no mesmo dia que a publicou em redes sociais.
Então, em entrevista exclusiva à coluna PlatôBr, do Estado de Minas, Aras criticou a investigação da Polícia Federal que embasou a denúncia apresentada ao STF pelo procurador-geral da PGR, Paulo Gonet.
Por exemplo, ao ser questionado por que não apresentou denúncia contra Bolsonaro, realizada agora pelo procurador-geral da PGR, Paulo Gonet, Aras disse:
“Porque os inquéritos não foram concluídos. Inquérito contra presidente da República são judiciais, feitos no STF, que passam pela supervisão da Suprema Corte. Inquérito contra presidente da República, principalmente na ativa, não se faz na Polícia Federal. Bom, isso é o que a lei e a jurisprudência do Supremo mandam. Se isso não é feito atualmente, aí eu já não posso responder”.
Leia a entrevista completa no Estado de Minas.
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