PF começa a investigar liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares

O inquérito atende a determinação do ministro Flávio Dino.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 24/12/2024 às 13:44 | Atualizado em: 24/12/2024 às 14:06

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta terça-feira (24), um inquérito para investigar a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. A investigação ficou a cargo da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) em Brasília.

O ministro Flávio Dino, do STF, decidiu, ontem (23), suspender o pagamento das emendas e abrir a investigação, em resposta ao PSOL. O pedido do partido se baseou em irregularidades na liberação das emendas sem seguir o rito adequado, conforme apontado pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

Além disso, Dino ordenou que a Câmara publique as atas das reuniões das Comissões Permanentes que aprovaram as 5.449 emendas mencionadas pelo PSOL. A decisão suspende as emendas de 2025 até corrigirem as falhas, como ajustes no Portal da Transparência.

O PSOL questiona a suspensão das comissões pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o que impediu a deliberação das emendas. Também há contestação sobre um ofício que solicita o pagamento das emendas. Este ofício foi assinado por 17 líderes partidários e inclui R$ 180 milhões em novas indicações, com R$ 73,8 milhões destinados a Alagoas, estado de Lira.

Por fim, Glauber Braga argumenta que as assinaturas dos líderes partidários têm o objetivo de substituir a autoridade do presidente da Câmara, Arthur Lira, na comunicação das emendas.

STF breca pagamento de R$ 4,2 bi de emendas e manda PF investigar

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Foto: divulgação