Golpe e 8 de Janeiro: PF deve indiciar Bolsonaro no STF neste mês
A Polícia Federal pretende finalizar em novembro as investigações sobre o golpe de Estado e os atos de 8 de janeiro, que incluem Jair Bolsonaro entre os investigados.

Diamantino Junior
Publicado em: 01/11/2024 às 18:36 | Atualizado em: 01/11/2024 às 18:36
As investigações da Polícia Federal (PF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão dos Três Poderes em Brasília, devem ser concluídas ainda em novembro, conforme anunciou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
O caso envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros de seu governo, que estão sob investigação por suposta participação na tentativa de impedir a posse de Lula após sua vitória nas eleições de 2022.
Segundo Rodrigues, as investigações estão sendo conduzidas com foco na autonomia da equipe, qualidade das provas e responsabilidade.
Leia mais
Golpista do 8 de janeiro ajuda com fuga e hospedagem na Argentina
A Polícia Federal também já identificou falhas na resposta da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para conter os atos antidemocráticos, o que gerou um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), envolvendo autoridades como o governador Ibaneis Rocha e o ex-secretário de Segurança Anderson Torres.
Prorrogação
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, solicitou a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o possível envolvimento dessas figuras no cenário de omissão das forças públicas diante dos ataques.
A operação permanente da Polícia Federal (PF) que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado será estendida até janeiro de 2025.
Inicialmente, o prazo para encerrar a apuração era janeiro deste ano, posteriormente prorrogado para o mês passado.
No entanto, uma portaria recente da PF determinou uma nova prorrogação devido a demandas ainda pendentes.
Até o momento, a operação já passou por 28 fases e ainda restam pendentes análises de pelo menos 90 celulares apreendidos durante as buscas.
Esses aparelhos estão sendo periciados no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF e na sede da instituição.
Leia mais no Metrópoles
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil