Parisotto, ex-suplente de Braga, é condenado por agredir Luiza Brunet
À época da denúncia, a atriz e ex-modelo afirmou à Promotoria que Parisotto deu um soco em seu olho, chutou-a e quebrou quatro de suas costelas

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 14/02/2019 às 20:01 | Atualizado em: 24/08/2020 às 05:17
O empresário Lirio Parisotto foi condenado em segunda instância por agredir a ex-namorada Luiza Brunet, conforme está publicado na revista Claudia. O caso, aconteceu durante uma viagem a Nova York e se repetiu no Brasil no ano de 2015. Parisotto foi segundo suplente do senador Eduardo Braga (MDB) de 2011 a 2018.
À época da denúncia, a atriz e ex-modelo afirmou à Promotoria que Parisotto deu um soco em seu olho, chutou-a e quebrou quatro de suas costelas.
De acordo com a revista, empresário, condenado por unanimidade, terá que cumprir um ano de serviço comunitário e de detenção em regime aberto e dois de vigilância – comparecimento semanal às autoridades e autorização para viajar ao exterior.
A agressão
Em maio de 2016, Luiza Brunet, então com 54 anos, voltava de um jantar em Nova York quando foi agredida pelo empresário Lírio Parisotto, 62, com quem mantinha uma união estável fazia cinco anos.
A revista publica esta reportagem em que Luiza acompanhava o marido, que havia viajado a negócios. O casal aproveitara para passear.
Ele comprou vinhos e se mostrava carinhoso até irem, naquela noite do dia 21, ao restaurante onde ocorreu uma discussão.
Parecia ter ficado ali a discórdia. Chegando em casa, Luiza sentou-se no sofá com um cigarro na mão.
O parceiro foi se trocar e voltou irritado, ofendendo-a verbalmente. Ela recebeu chutes na perna, um soco no rosto e, por fim, viu-se imobilizada no sofá.
Em menos de uma semana, com a alma machucada, o olho roxo e quatro costelas quebradas, Luiza gravava sua primeira cena na novela Velho Chico, da Rede Globo. Esses detalhes estão descritos em uma ação que foi parar no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
Denúncia
Em junho, ao Ministério Público, ela denunciou o agressor, que está entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista americana Forbes.
Quando o escândalo se tornou público, ele escreveu uma nota lamentando “versões distorcidas”, que seriam esclarecidas “nas esferas legais”.
A juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcante decretou uma medida protetiva impedindo que Lírio se aproxime da ex-mulher.
Outra juíza, Lilian Lage Humes, aceitou a denúncia oferecida pelo promotor Bruno Gaya da Costa, e Parisotto tornou-se réu em um processo que corre em segredo de Justiça.
Procurado por “Claudia”, por meio de seu advogado, ele não se manifestou. Mas tem se defendido com a alegação de que Luiza é descontrolada e que o agredira antes.
Denunciar exige coragem, e nem sempre as vítimas conseguem. Principalmente quando o caso envolve filhos pequenos, casais famosos e desdobramentos que ferem a imagem. Luiza revela que optou por esse caminho para interromper ataques que cresciam e incentivar outras vítimas a tomarem a mesma atitude.
Há quatro anos embaixadora do Instituto Avon, que combate à violência doméstica, ela quer ser uma militante ainda mais aguerrida.
Leia a entrevista com ela aqui
Foto: Reprodução/Purepeople