Para trabalhar na terra ianomâmi, militares pediram R$ 993 mil por dia

Notícia publicada pela mídia nacional é com base em relatório do governo.

Para trabalhar na terra ianomâmi, militares pediram R$ 993 mil por dia

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/01/2024 às 10:53 | Atualizado em: 25/01/2024 às 10:55

Para atuar na terra ianomâmi, as Forças Armadas pediram um valor de R$ 993 mil por dia para manter o suporte às atividades de assistência na região.

Segundo divulgou o portal Terra, no entanto, mesmo com esse montante, os militares não entregaram nem metade das cestas básicas para os indígenas.

Conforme a publicação, o cálculo do valor foi realizado pelo Ministério da Defesa e divulgado em uma nota técnica.

Nesse sentido, recentemente, o governo anunciou um valor de R$ 1,2 bilhão a mais para a missão.

A princípio, o documento, de setembro do ano passado, indica que os recursos destinados à assistência humanitária e à expulsão de garimpeiros se esgotaram, tornando necessário um novo aporte financeiro.

Dessa forma, a solicitação foi feita aproximadamente um mês após o governo disponibilizar R$ 275 milhões em créditos extraordinários para essas finalidades.

“Com a extinção dos recursos orçamentários, a manutenção das operações nos níveis citados implica a necessidade de aporte de valores na dimensão mencionada”, diz o documento.

Defesa

Questionada pela Folha de S.Paulo sobre o custo e a justificativa para a verba, pouco tempo após a liberação do crédito extraordinário, a Defesa informou que o montante já havia sido utilizado.

Segundo a pasta, o valor  foi utilizado na distribuição de 766 toneladas de alimentos, 36,6 mil cestas básicas, 3.029 atendimentos médicos, na prisão de 165 suspeitos e em horas de voo suficientes para dar 40 voltas ao redor da Terra.

De acordo com a referida nota técnica, o Ministério da Defesa apontou a necessidade de complemento de recursos financeiros para a manutenção das operações na TI Yanomami ao constatar a insuficiência orçamentária, afirmou a pasta.

Ainda conforme a publicação, a Casa Civil, por sua vez, informou que “no momento, os Ministérios da Defesa e da Justiça estão com a operação em campo, seguindo as orientações do presidente [Lula], para o combate ao garimpo ilegal”.

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