Operação da Polícia Federal mira desvio de R$ 500 milhões na saúde

Tem até candidato a vice-governador envolvido

Na base da pressão, Bolsonaro deve recuar do aumento a policiais

Publicado em: 01/09/2022 às 11:29 | Atualizado em: 01/09/2022 às 11:29

Na manhã desta quinta-feira (1º), a Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Anáfora.

A ação busca apurar favorecimento na contratação de cooperativa de trabalho pelo município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Somados, os valores do contrato e de seus aditivos ultrapassam meio bilhão de reais (R$ 563.550.000) em pouco mais de dois anos.

Washington Reis (MDB), ex-prefeito de Duque de Caxias e candidato a vice-governador do Rio de Janeiro na chapa de Cláudio Castro (PL), é um dos alvos da operação.

Policiais federais também investigam Mário Peixoto, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) após a Operação Favorito, deflagrada em maio de 2020 para coibir fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

Na ação, cerca de 130 policiais federais e servidores da CGU cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos municípios de Duque de Caxias, Maricá, Angra dos Reis, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu e na capital carioca.

Segundo a PF, a investigação, iniciada em janeiro deste ano, aponta que a cooperativa pertence a uma estruturada e complexa organização criminosa do Rio de Janeiro. O grupo age por meio de desvio de recursos públicos, em especial na área da saúde, há décadas.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos contra pessoas físicas e jurídicas que ocupam diferentes funções no esquema, incluindo empresários, laranjas, operadores financeiros e prováveis líderes da quadrilha.

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Foto: Polícia Federal (PF)