‘Netanyahu está isolado e é passageiro’, diz ministro de Lula

Atitude do premiê de Israel foi vista pelos governistas como tentativa de explorar politicamente a fala de Lula

Ferreira Gabriel

Publicado em: 20/02/2024 às 12:51 | Atualizado em: 20/02/2024 às 12:52

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, na segunda-feira (19) a possibilidade Brasil e Israel encerrarem laços comerciais e de solidariedade e disse que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “é passageiro”.

A relação entre os dois países está em crise desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou, no domingo (18) as ações do atual governo israelense na Faixa de Gaza ao extermínio judeu feito pela Alemanha Nazista.

Apesar de Israel ter declarado Lula “persona non grata”, Padilha diz que os países possuem uma “cooperação sólida” construída e reforçada pelo chefe de Executivo brasileiro, que “ultrapassa” o primeiro-ministro israelense.

“Em nenhum momento nosso chanceler (Mauro Vieira) nos relatou (encerramento de laços). Em nenhum momento isso estava na pauta. Temos relações de solidariedade Brasil e Israel que inclusive ultrapassam Benjamin Netanyahu. Netanyahu é passageiro”, disse Padilha em entrevista ao programa “Roda Viva” da TV Cultura.

O ministro também declarou não temer que a repercussão da declaração de Lula atrapalhe o posicionamento do país na política internacional. “Se tem alguém isolado no mundo hoje é o Netanyahu, não o presidente Lula. Se tem alguém isolado nas suas posições, nas suas práticas, é Netanyahu, não Lula”, afirmou.

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