‘Dono do Pixuleco’ investigado por ameaçar mulheres
A Polícia Civil do DF investiga Vinícius Aquino Carvalho que já usa tornozeleira eletrônica e responde a inquérito.

Diamantino Junior
Publicado em: 15/03/2025 às 16:03 | Atualizado em: 15/03/2025 às 16:03
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga Vinícius Aquino Carvalho, 33 anos, ex-assessor do ex-deputado federal Alexandre Frota, por perseguir e ameaçar de morte duas mulheres com quem se relacionou em momentos distintos. O acusado, que atualmente usa tornozeleira eletrônica como medida cautelar, é conhecido por se apresentar como dono do boneco inflável “Pixuleco”, uma caricatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com roupas de presidiário.
Ameaças e terror psicológico
Uma das vítimas, uma médica, se relacionou com Aquino em 2020 e enfrentou perseguições após se recusar a permitir que ele movimentasse dinheiro em contas bancárias de sua titularidade.
O ex-assessor alegava que os depósitos estavam relacionados ao seu trabalho, mas que “daria problema” caso utilizasse suas próprias contas.
Quando a médica negou o uso das contas, Aquino passou a ignorá-la como forma de chantagem emocional.
O relacionamento chegou ao fim, mas a perseguição continuou.
Durante uma festa na Granja do Torto, a vítima foi abordada pelo agressor, que afirmou possuir porte de arma. Assustada, trocou as fechaduras de sua casa por medo de invasões.
Outra vítima, uma empresária do Lago Sul, também foi alvo de ameaças e agressões.
Após tentar encerrar o relacionamento de seis meses, ela passou a ser perseguida e sofreu ataques verbais e psicológicos.
Sob efeito de álcool, Aquino invadia sua loja e afirmava que atearia fogo no estabelecimento.
Em um dos episódios, acessou o computador da empresária e, tomado por ciúmes, segurou-a pelos braços e a pressionou contra a parede, dizendo: “Se você arrumar outro, eu te mato. Eu sei como fazer isso”.
Tornozeleira eletrônica e medidas protetivas
Em fevereiro deste ano, o ex-assessor pulou o muro da casa da empresária, gerando pânico na vítima e em seus familiares.
No dia seguinte, voltou ao local, esmurrando a porta do quarto onde a mulher estava.
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O filho da empresária acionou a Polícia Militar, mas Aquino fugiu antes da chegada dos agentes.
Após as denúncias, a Justiça concedeu medidas protetivas às vítimas e determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo agressor. O caso segue sob investigação pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da PCDF.
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Foto: reprodução UOL