Petistas e bolsonaristas não se interessam em recorrer da absolvição de Moro
Luiz Eduardo Peccinin, advogado do PT, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, confirmaram que não buscarão recurso no STF, encerrando temporariamente as disputas judiciais sobre as eleições de 2022.

Diamantino Junior
Publicado em: 23/05/2024 às 12:46 | Atualizado em: 23/05/2024 às 12:47
Representantes da Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV) e do PL decidiram não recorrer ao Judiciário após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolver o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) das acusações de abuso de poder, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação.
Luiz Eduardo Peccinin, advogado do PT, afirmou que o partido não vai entrar com recurso na Suprema Corte, encerrando a discussão.
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, também declarou que o partido não recorrerá contra a decisão, considerando o caso liquidado.
O TSE livrou Moro de perder o cargo de senador e de ficar inelegível até 2030, apesar do parecer favorável à cassação emitido pelo Ministério Público Eleitoral. Inicialmente absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o caso chegou ao TSE, que manteve a decisão.
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Embora o advogado do PL, Guilherme Neto, tenha mencionado a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), a cúpula do partido avaliou que um novo recurso não seria vantajoso, considerando a alta possibilidade de outra vitória para Moro.
Por outro lado, a federação formada pelo PT, PCdoB e PV ainda tinha a opção de recorrer ao STF, mas não anunciou nenhuma decisão a respeito.
Essa decisão conjunta entre os principais partidos de oposição e situação reflete um raro consenso em torno da absolvição de Moro, encerrando temporariamente as disputas judiciais em torno das eleições de 2022.
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil