Morador de rua é alvo de novo programa de benefício social de Lula

Para ministro, o Brasil tem tradição de Para ministro, o Brasil tem tradição de desprezo pelos direitos humanos.

Morador de rua é alvo de novo programa de benefício social de Lula

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 31/07/2023 às 18:56 | Atualizado em: 31/07/2023 às 18:56

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, anunciou hoje (31) que o governo federal deverá lançar um programa de aluguel social para atender a população em situação de rua.

A princípio, chamado Moradia, o programa deve primeiro aplicar um censo para apurar, com precisão, quantas pessoas vivem nessa condição em todo o país.

Segundo publicou a Agência Brasil, a declaração foi dada durante um encontro com movimentos sociais que lutam pela causa, na capital paulista.

“Isso já está sendo discutido há meses, porque tem que ser elaborado com muito cuidado e também de acordo com a realidade brasileira. Não adianta pegar a experiência da Espanha e trazer para cá”, diz o ministro.

O aceno ocorre dias depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fixar um prazo de 120 dias para que seja apresentado plano nacional que aponte soluções para as demandas dessa parcela populacional.

O mais próximo que se tem, hoje, de um censo é o levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que contou cerca de 281 mil pessoas em 2022, número 38% superior ao registrado em 2019, antes da pandemia de covid-19.

O ministro Silvio Almeida antecipou que há também intenção de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realize um “grande ato” para assinar decreto para regulamentação de cotas especiais do Minha Casa, Minha Vida, voltadas a esse público.

“Para mostrar a força da nossa agenda”, acrescentou, dizendo, ainda, que o governo “está totalmente empenhado” em proteger e promover os direitos das pessoas em situação de rua.

Outra ação que está nos planos do governo, de acordo com Almeida, é a produção de um boletim epidemiológico capaz de demonstrar como está a saúde desse grupo em específico.

Entao, para que a medida saia do papel, argumentou o ministro, deve haver o engajamento de prefeitos e governos estaduais, além da interlocução com os movimentos sociais, com quem precisam manter diálogo e que exercem pressão por melhorias nas políticas pública

“A política de direitos humanos no Brasil é ainda uma política de governo, não de Estado. A gente tem uma dificuldade muito grande de falar em direitos humanos. As pessoas distorcem o significado de direitos humanos, inclusive para usar contra os direitos humanos”, declarou o ministro Silvio Almeida. 

Além disso, para o ministro, o Brasil tem tradição de desprezo pelos direitos humanos.

“Estamos remando contra a maré, contra a correnteza. E é isso que vamos fazer: vamos remar contra a maré, contra a correnteza, e chegar ao outro lado.”

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