Ministro trava investigação da Lava Jato contra chefe do PL de Bolsonaro
Caso parado com Gilmar Mendes, um crÃtico da operação, envolve suspeita de propina em contratos com a Odebrecht

Publicado em: 14/10/2022 Ã s 15:14 | Atualizado em: 14/10/2022 Ã s 15:28
Apuração da Lava Jato que tem entre seus investigados Valdemar Costa Neto, chefe do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, aguarda há mais de dois anos uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes para ter prosseguimento na primeira instância.
Em recente ofÃcio ao magistrado, a 11ª Vara Federal Criminal de Goiás reiterou pela quarta vez o pedido para que o material desse caso seja enviado à quela seção judiciária, responsável por investigações sobre desvios na Valec, estatal que cuida das ferrovias no paÃs.
O caso parado com Gilmar, um crÃtico da Lava Jato, envolve suspeita de propina em contratos da estatal com a Odebrecht.
De acordo com delatores da construtora, sem os repasses, Valdemar “ameaçava promover retaliações durante a execução do contrato, já que tinha controle sobre a Valec”.
Segundo executivos da empreiteira, teriam sido repassados ao grupo polÃtico liderado pelo chefe do PL ao menos R$ 4,3 milhões em propina.
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PGR
Em fevereiro de 2020, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a Gilmar para que o inquérito fosse transferido à Justiça Federal em Goiás por não haver o envolvimento de nomes com prerrogativa de foro.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que, naquele estágio das apurações, as suspeitas contra o aliado do presidente vinham sendo confirmadas “por evidências documentais que relatam pagamentos de vantagem indevida ao grupo polÃtico do ex-parlamentar Valdemar Costa Neto”.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil